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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

COOPERGRAN 5O ANOS DE LUTA II - 13/11/2009

Coopergran: 50 anos de luta II

Antônio Carlos Roxo*

Neste espaço comentei sobre o aniversário de 50 anos da Coopergran, portanto, mais velha do que a própria cidade que a abriga. Continuo a contar um pouco de sua história.
A Cooperativa dos Trabalhadores da Grande São Paulo - Coopergran, ao longo do tempo, esteve presente em muitas lutas dos trabalhadores.
O Comitê de Anistia: ampla, geral e irrestrita (lembram?) se reunia em sua sede. Anos depois participou e integrou o conjunto de entidades que organizou a campanha das Diretas Já em Osasco. Foi ativa na criação da FUP – Frente de Unidade Popular, iniciativa de união das forças populares e democráticas da cidade, que entre outros eventos organizou a visita do grande personagem da história Luiz Carlos Prestes, para falar sobre o tema: A verdadeira história do Brasil. Na oportunidade, além da palestra, Prestes se reuniu na Coopergran com lideranças populares e sindicais da região. Na FUP participou ativamente da organização da visita de comandante da Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional da Nicarágua.

No período do regime militar o grupo de resistência Galo de Briga ali fez inúmeras apresentações e atividades em resgate da cultura e em defesa da união popular.

Lideranças do campo democrático e popular sempre participaram de sua direção. Acrescento aqui à lista publicada na semana passada mais alguns nomes expressivos em sua vida, com o risco de ainda algum esquecimento: Odin Jiorjon e Osvaldo Groff o Groffinho, lideranças operárias ligadas à FNT – Frente Nacional do Trabalho, Benedito Vaciloto, metalúrgico ex-presidente da Coopergran e depois Secretário da Administração da Prefeitura, Sizue Imanishi, trabalhou na Unesco em Brasília, Osvaldo Marins da Cobrasma e do Sindicato dos Metalúrgicos, Francisco Temotéo tradicional liderança do MDB/PMDB, Mário Soares, gerente da Federação dos Metalúrgicos, Francisco Cordeiro hoje no PSB, ex-secretário de Governo e de Obras, o jornalista Ari Macedo, Mourão e Taxinha, José Carlos Menezes, advogado, que esteve presente em batalhas jurídicas memoráveis em defesa da cooperativa e de seus princípios, ganhando todas, como a que ex-diretores constituíram, sob a alegação de haver vínculos empregatícios entre a cooperativa e seus diretores, e que ao ganharem na primeira instância por “revelia” pediram o leilão do prédio sede da entidade para ressarcimento dos supostos débitos trabalhistas. O leilão foi suspenso através de liminar aos 45 minutos do segundo tempo. Finalmente, anos depois, já na última instância a tese defendida pelo Dr. José Carlos e pelos princípios cooperativistas foi vitoriosa. Antônio da Silva Filho que durante muitos anos cuidou com zelo da contabilidade e que ao se aposentar cedeu a cadeira para José Fernandes. Zé Baiano, metalúrgico da Cobrasma e Rubinho da Braseixos e ex-diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Walmir Martins, Lino dos Santos do antigo Partidão, Joana Darc, do IPMO, que há 35 anos acompanha a trajetória da Coopergran.

Meu amigo e leitor do Diário, Guiti Kii, professor do Unifieo, ao reclamar de tantos nomes colocados no artigo anterior, disse-me: “parecia lista de presença.” É exatamente isto, tantos foram os que contribuíram e que também se beneficiaram da convivência fraterna e baseada no espírito de igualdade que norteou sempre a Coopergran, que a lista deveria ser muitas vezes maior.

*Antônio Carlos Roxo, ex-presidente da Coopergran é coordenador do curso de Comércio Exterior e Negócios Internacionais e membro do Grupo de Estudos de Comércio Exterior do Unifieo – Geceu.

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