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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

COOPERGRAN 50 ANOS DE LUTA I- 13/11/2009

COOPERGRAN 50 ANOS DE LUTA! 13/11/2009
                                                *ANTONIO CARLOS ROXO
A Cooperativa dos Trabalhadores de Grande São Paulo – Coopergran, completa, no dia 13 de novembro, 50 anos. Entidade criada, mantida e dirigida por trabalhadores, sua criação se deu dentro da Cobrasma, como organização de operários, mas comandada inicialmente por pessoas indicadas pela direção da empresa. O primeiro grande embate se deu na transformação da entidade nascente em órgão autônomo dos trabalhadores. Primeira de muitas outras lutas. Em sintonia com a situação de vida dos trabalhadores, viveu bons e maus momentos, isto é, a sua história não é linear, assim como a trajetória da classe que lhe dá substância. Como entidade umbilicalmente ligada aos trabalhadores, em seu nascimento aos operários chão de fábrica, seu compromisso primeiro, sua essência, é a sua independência, sua autonomia, a auto-gestão. Karl Marx, o pensador ultimamente desprezado pelos “modistas”, afirmava sabiamente que o cooperativismo era a escola do socialismo, pois iguala como parceiros a todos que a compõem. A altivez e o compromisso popular da Coopergran, sempre incomodou. Por sua independência e por prezá-la a Cooperativa sempre caminhou só em termos institucionais, embora praticasse como sua cláusula pétrea a união e solidariedade popular. Por exemplo, quando toda a diretoria do Sintrasp foi demitida, na gestão de Francisco Rossi, a cooperativa – correndo risco de retaliações - cedeu suas instalações, durante meses, para que o Sintrasp continuasse de pé. Pela Coopergran passaram personalidades as mais variadas da vida de Osasco. Com o risco de esquecer alguém: Humberto Parro, ex-prefeito, Conrado Del Papa – o Papão, fundador do Sindicato dos Metalúrgicos, seu ex-presidente Antonio Toschi e Jorge Nazareno o atual, Magrão presidente da Federação dos Metalúrgicos, José Novaes, diretor cassado em 1964 do Sindicato da Construção Civil e ex-presidente do PT, João Joaquim, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos em 1968, ex-presidente do PT e atualmente presidente do PSOL, Rose Janeri presidente do PT, Otaviano presidente da UAPO, Oséas ex-presidente da FESABO, Francisco Ribeiro Lima, o Chicão, ex-diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, que logo após assumir a presidência da Coopergran veio a falecer, Dona Áurea, sua esposa, como conselheira continua a tradição da família, Maria do Carmo Mourão Motta – a Cacau, atual presidente, fundadora e ex-presidente do Sintrasp,. Há outros mais como Norvindo, Ricardo Tibúrcio e Albertino Oliva. Vando que entrou na Cooperativa quase criança e, atualmente, é seu diretor gerente, participou também da diretoria do Sindicato da Caemo. Outros mais embora não participantes da diretoria, estiveram presentes em momentos cruciais como o ex-deputado Tonca Falseti, o ex-vereador José Davi, o vereador Mário Luiz Guide, Vandelino Ribeiro e sua irmã Jutelice, Dadá, os irmãos Vitor e Simeão, o deputado Marcos Martins, Diogo e Rosa Lopes Martins, Geneildo ex-diretor do Sindicato dos Comerciários, Genilda e Márcia, ex-funcionárias e diretoras da Cooperativa, Erasmo dos Santos e Raimundo e, o Neto atual presidente do Sindicato dos Comerciários. Já se viu que é gente de luta, de muita garra e compromissados com a organização e a conscientização popular alicerçados em princípios democráticos e igualitários. Preparando-se para os próximos 50 anos, a Coopergran reafirma como seu compromisso básico fornecer produtos a preços adequados aos seus cooperados, e a sua confiança absoluta na capacidade de organização, gerenciamento, aprendizado e solidariedade da classe trabalhadora. * Antônio Carlos Roxo é ex-presidente da Coopergran, coordenador do Curso de Comércio Exterior e Negócios Internacionais e membro do Grupo de Estudos de Comércio Exterior – Geceu do Unifieo.

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